A teologia de Romanos joga foco para a realidade de vida. Ao escrever a carta, Paulo não teve nenhuma pretensão, em traçar uma teoria meramente religiosa para a vida de seus ouvintes.Os capítulos. 12, 13 e 14 são uma realidade disto: as cores da paleta da teologia que justifica o homem unicamente pela fé, ganha contorno na reconciliação do pecador com Deus e doravante exige a evidência da santidade prática nas categorias de servos, cidadãos e irmãos.
Analise bem, estas cores das exigências da matriz teológica e veja se não são integrantes do contexto que nós todos vivemos. A santidade age no campo da ética dos relacionamentos com os nossos semelhantes, e que nestes dias esta sendo crucificada em troca de um viver alienado a Deus ao próximo e a nós mesmo.
O alerta para viver em santidade tem logo início no cap 12;1-2. mostrando que o evangelho que justifica requer entrega incondicional ao Senhor. Paulo está pensando como um bom judeu, no sacrifício especificamente na oferta de holocausto ( viva, santa e agradável), com um objetivo específico de transformação da mente, de tudo o que produz um desconforto espiritual,, e que tem suas raízes na permissividade de uma sociedade serviçal as hordas do mal.
A finalização da carta aos Romanos se faz em duas etapas. O capítulo 15 é um pequeno relato paulino de seguir para novos campos de evangelização. Paulo já houvera cumprido sua missão na Asia e redondezas na plantação de igrejas.Ele carrega o desejo, mais do que nunca, de seguir para a Espanha e fazer em Roma, um "pit stop" para conhecer a igreja que não nasceu de suas entranhas. Cabe aqui ressaltar que a igreja em Roma surge de um ajuntamento de convertidos, possivelmente da mensagem petrina em Atos e que posteriormente foram para capital do Império e fundaram uma grei mista de judeus e gentios. Paulo a chama de santa exatamente por se encontrar debaixo das barbas de um governo político que tinha César como Kuryos e é exatamente esta expressão, direcionada somente ao Imperador Romano, agora é atribuída a Cristo pela igreja. Por isso, a expressão "poder do evangelho" era uma forma de conscientizar a comunidade cristã do miraculoso poder de Deus em oposição ao poder do Império.
O capítulo 16, eu o chamo de galeria missionária. Reconhecimento e saudações a vários irmãos que durante sua vida ministerial contribuíram com a expansão da igreja. Possivelmente, faziam parte da liderança na igreja de Roma. A crítica textual acha que este fechamento da carta não faz parte do todo, já que no capítulo 15 é detectado três doxologias, ou seja, término da carta
A pergunta é: por que existem tais doxologias? Supostamente acréscimos posteriores. O capítulo 16, fica então numa posição de xeque se Paulo está se referindo a este grupo como integrantes da igreja em Roma ou não. Possivelmente, este seja um texto endereçado a igreja de Efesos. Porém, em nada modifica a riqueza que o capítulo 16 deixa transparecer. Nele se reconhece os dons de todos, um indicativo da cooperatividade no Reino de Cristo. expõe o amor a todos, um indicativo do pastoreio paulino na visitação, cuidado, educação e pregação.
Isto nos leva a concluir que a capacidade de Paulo de gerar uma teologia antropológica se via na evidente qualidade de cristãos, trabalhadores do Reino e amigos que ele conduziu para a justificação e a santificação. .
Isto nos leva a concluir que a capacidade de Paulo de gerar uma teologia antropológica se via na evidente qualidade de cristãos, trabalhadores do Reino e amigos que ele conduziu para a justificação e a santificação. .