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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

UM NATAL EVANGELÍSTICO NO RIO DE JANEIRO


Em tempos de correria e com os centros formigando de pessoas de lá para cá, não se pode imaginar que as pessoas tem  algum espaço para pensar no Natal.  


O observar a maratona que elas cumprem ao atravessar as ruas, ao buscar uma condução, ao carregar alguma coisa, acentua  em seus semblantes  um vazio de não esperança, um desconhecimento profundo da mensagem que o Natal traz ao mundo neste tempo; o que também leva a pensar, a igreja,  que não há mais espaço para se produzir um evangelismo de amor que fale de Jesus simplesmente por gestos de compaixão, fraternidade e solidariedade, em um contexto agitado desprovido da sensibilidade das coisas eternas e embrulhadas nas coisas efêmeras.

Um grupo da família protagonizou com antecedência uma evangelização no centro do Rio de Janeiro no dia 20 de dezembro. Dez pessoas se deslocaram no trem Baixada-Rio. O ponto de estratégia de distribuição dos presentes foi na Central do Brasil. Quinhentos presentes foram preparados e entregues com carinho. Traziam no seu interior um calendário, balas, sache e uma mensagem natalina que explicava  o  significado deles (data do nascimento, a doçura e  o bom perfume de Jesus).

Ao ritmo do frenesi, as pessoas eram surpreendidas com a entrega do pequeno objeto seguida de uma saudação de Feliz Natal. Muitas eram receptivas e outras não. Algumas paravam e perguntavam e davam uma oportunidade, ainda que curta, para ouvir que Natal trazia o eco do céu à Terra do nascimento do Salvador. O grande conforto era saber que aquelas pessoas possuíam em suas mãos uma mensagem a ser  experimentada: Jesus nasceu...! num tempo especial: Hoje!.  Essa era a tarefa evangelística.

Se por um lado, a tarefa do evangelismo era externalizar que Jesus nasceu, por outro, o alvo era introspectivo na condução das pessoas à Verdade do evangelho de maneira simples ao se apropriar dos sentidos da visão, paladar, olfato cravando-as na alma e conduzindo cativa suas mentes, audível em complementar esta verdade em si: Jesus nasceu hoje em minha vida! Isto foi uma realidade na vida de alguns, que não saberemos até um dia ser revelado na eternidade.

Em suma, tivemos a oportunidade de divulgar, participar e presenciar, dentro da cronologia humana, a proclamação do nascimento de Jesus, mas especialmente na vida de seu Luiz a aceitação; que chorando pediu oração e desejou reencontrar os caminhos do Senhor e da Igreja.



Que o Senhor seja com ele e com todos aqueles que no recanto da alma reconheceram que o Natal é tempo de salvação.



Louvado seja Deus,  pelo grupo participante: (Kézia e Lídia (Organizadoras), Rute (Pregadora), Raquel, Léa, Laís e Eduardo (cooperadores), Sarah, Hadassa, Poliana (Louvores)




domingo, 14 de dezembro de 2014

Natal: Simplesmente Natal

O  pensamento natalino, nos últimos tempos, tem mudado muito quanto a seu significado num mundo cada vez mais desvinculado com Deus. Natal se tornou tempo do  frenesi consumista humano  nos shoppings, dos black friday,  na  internet  ou em qualquer lugar que se torne um meio atrativo de consumo.

Se  isso não bastasse,  pessoas demonstram cada vez mais neste dia os gens da insensibilidade  com o seu semelhante ao  relegá-los  a um prisma de intolerância às suas carências de sobrevivência. Priorizam a filosofia moral do hedonismo ao  não medir esforços  para se ver bem;  protagonizam a  ilusão: "o amor dos bichos faz jus os pet-shop" às lágrimas da própria espécie produzidas pela dor, fome e  miséria. Natal passou a ser o tempo do "espaço vazio no coração humano em relembrar o que Jesus fez por todos os homens e o que devemos também fazer por eles.

Na realidade  Natal (comemoração do nascimento de Jesus) para os cristãos, busca arremeter a todos os homens  a uma mensagem de alto grau significativo revelada por Deus  não por uma simples carta ou emissão formal documental ou vociferação de palavras. Natal se tornou um fato histórico do processo do amor de Deus pelos homens ao se tornar idêntico nas suas limitações, ainda que continuasse a ser Deus, para que os homens pudessem entender que o mesmo amor dispensado por Ele deveria ser reproduzido em atitudes por todos os homens ao comemorar  o espírito natalino.

Natal tem seu início nos custos que Jesus irá arcar mais à frente na Cruz. O valor a ser pago não será em coisas fúteis ( Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;... (Mt 6.19) e nem  em satisfação  puramente humana, mais em bens eternos conferidos aos homens por Seu infinito amor  "...mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.(Mt 6.20-21)

O preço da morte na Cruz,  ensina a todos nós,  o cuidado que se deve ter com os  próprios interesses ou deleites de vida quando estes estão acima dos padrões de Deus em nossa vida , bem como  o valor que deve ser conferido a cada ser, criado à imagem e semelhança de Deus.

 Natal não é somente uma bela história registrada nas páginas da Bíblia a ser reproduzida por imagens (propagandas televisivas, panfletos e cartões)  desprovidas de isenção do calor humano, nem das encenações (peças, filmes e corais) que não esboçam práticas em suas realidades  e nem das  ilusões (alegria, satisfação e paz)  quando  a data natalina  conduz ao  isolamento de todos, e ganância de tudo.  .

 Então, Natal  conduz outro sentido que necessita ser resgatado. Natal é altruísmo.
Natal é  comemorar o nascimento de Jesus numa perspectiva do que Ele veio fazer no temporal .
Natal é olhar para próximo e preencher as lacunas da alma e da carne . Natal é reconhecer o resgate do opróbrio e ser incluso na mesa de Jesus para compartilhar com os outros. Natal é antecipadamente viver o céu na terra.. Natal é apropriar-se da verdade de um Salvador, viver a verdade e compartilhar a verdade com os que não tem a verdade. Natal é a conscientização que a eternidade em  Deus se tornou uma real possibilidade para todos os  homens; quando faço o mesmo o que Deus fez;  nascer para servir e servir ao meu semelhante isto é  simplesmente Natal.









  

sábado, 26 de julho de 2014

EXPRESSÕES DAS PROFUNDEZAS DA ALMA DE UM DEUS HUMANO


 "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sedeEsta parte da narrativa de João 19:28 possui pontos profundos que silenciosamente são passados por cima em Mateus, Marcos e Lucas conhecidos como evangelhos sinóticos. O sofrimento sobre-humano que Jesus recebe, do momento que deixa o Getsêmani até alguns minutos que antecede esta palavra (Tenho sede), são inconcebíveis em nossas mentes mortais.

O filme de Mel Gibson "A Paixão de Cristo"  representou muito bem na cena o sofrimento físico que Jesus recebe dos soldados romanos ao ser chicoteado até um estado de desfalecimento. Porém, não há como representar por filme nenhum, uma forma que comunique  o sofrimento que Jesus sentiu em relação ao pecado da humanidade.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios diz: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados...” (I Co. 15:3). Ter sede demonstrava como se encontrava Jesus na sua condição de relacionamento com o Pai e a função do seu afastamento por causa do pecado da humanidade. 
Ao fazer o contraste de Jesus na cruz e Jesus antes da cruz; o diálogo com a mulher samaritana,  O mostra detentor da água que mata a sede - Jo 4, supridor, para os que creem - ninguém terá sede - Jo 6:35, a origem da fonte da água viva. Jo 7:37. Mas na cruz, o meu e o seu pecado trouxeram a condição oposta, a de esvaziamento de Jesus como disse Paulo aos Filipenses no capítulo 2.

A expressão "Tenho sede" leva a Jesus a um campo não de necessidade pessoal, mas de necessidade pela humanidade em geral: Ele tem sede de justiça e esta justiça só vem por meio da cruz  que agora consumou todas as coisas. (panta tetelestai)


A condição “ter sede” não era somente um lado da carência humana de Jesus, era  estar convicto que  a sede de reconciliação, a sede de perdão, a sede de paz, a sede de amor, a sede de graça, a sede de louvor, a sede de adoração e a sede de santidade. estaria garantida na última expressão humana - consumado,  em reconhecimento que  em sua morte era fato o cumprimento das Escrituras e que doravante a humanidade teria sua sede saciada no Cristo da cruz. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A DINÂMICA DO COMPROMETIMENTO DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA COM DEUS E A IGREJA

Numa das cartas que Paulo endereçou a Timóteo se encontra a dinâmica do comprometimento da educação teológica com Deus e a igreja. "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro do que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade" II Tim 2:15 (SBB) . O requinte dos dizeres paulino libera num primeiro momento a tarefa primeira da educação teológica na vida de quem se dedica a esta empreitada - estar aprovado diante de Deus. Segundo, deve encontrar qualificado os que buscam o conhecimento, desenvolvimento e aprimoramento no aprendizado da teologia - ... que não se envergonha e maneja bem... . Estas ações sinalizam a condição para emitir um eco teológico aos sons do cotidiano da vida e da igreja de Cristo.

Sabendo disto, pontuar um momento de reflexão é de suma relevância para se questionar certos parâmetros, como: Há alcance ao conduzir a formação teológica, no objetivo a uma aprovação diante Deus e de um manejar teologicamente correto diante mundo e da igreja? Em primeiro lugar, creio piamente nos recursos da Palavra de Deus, ilimitados e profundos para que em cada momento da história um grupo seleto de estudantes almejem a se enquadrar nas exigências do trecho acima - aprovado. A aprovação diante de Deus, não se faz no tão sonhado academicismo teológico. Apesar de sua importância, o projeto de Deus na vida dos chamados a enveredar os caminhos de exegese, hermenêutica e homilética é maior - é a própria encarnação da teologia na vida daquele que estuda a teologia.

 Ressalta então a primeira prioridade, a educação teológica tem o objetivo de introspecção na condução de todo estudante da Palavra a uma novidade de caráter de padrão diferenciado, em outras palavras - de santidade. Especificamente, não estou vociferando algo inalcançável nesta terra, apesar que o conceitual e as exigências de santidade tenham se curvado ao liberalismo nos centros de formação, hoje presente nos professores, conteúdos e filosofia educacional, que se estacionaram num des-comprometimento com Deus e com a Igreja e se aliaram a "vox populi". Já dizia, o saudoso amigo Dr. Fausto Rocha (in memorian) a "vox populi, non vox Dei" Se este quesito (aprovação diante de Deus), prioritário na proposta de trabalho de formação, não é mais relevante durante o desenrolar do aprendizado teológico, muito menos será depois na teologia prática no ministério.

 Conclusiva: Educar teologicamente é educar para uma aprovação de novidade de vida diante de Quem chamou "... assim andemos nós também em novidade de vida" Rm 6: 4b. Não é o conquistar o diploma de teologia, mas é encarnar o que se aprendeu, de maneira que. evidente se torne na própria essência do ser que estuda o Deus santo, a manifestação da santidade em todas as circunstâncias do modus vivendi.

 Segundo, que a educação teológica deve ter por escopo, responder efetivamente os anseios de um mundo e de uma igreja que transita num período impar da história. Impar, porque os vejo deslizando, neste momento, em cima das palavras reveladas a João em Apocalipse.- mundo turbulento e igreja confusa. Manejar bem, torna-se a condição sine qua non de não ocorrer desvios na teologia, seja para um lado ou para o outro, quando se almeja dissecar a verdade absoluta (Palavra de Deus) para melhor responder os vazios deste século.

 Em tempos apocalipticos, a teologia, mais do que nunca, deve ser aferida com cuidado para produzir aquilo que é a sua maior proposta - conduzir a humanidade a salvação e ser profética no caótico mundo de pecado. Manejar bem, não é manipular bem (que muitos, por sinal, fazem com certa destreza). Ao contrário da primeira expressão, manipular bem faz parte da pobreza da exegese (estudo) e da pobreza da exposição bíblica (pregação) que marcam tanto o meio acadêmico, como os púlpitos da atualidade, guardando suas exceções. É bem notório, que a preocupação de Paulo não se reserva somente para aquele momento a Timóteo como estudioso da Palavra e líder da Igreja, mas futurístico, alerta as novas gerações a se esmerarem com profunda dedicação e um senso de responsabilidade consciente na tarefa concedida aos fazem das Escrituras o seu livro de estudo e sua ferramenta de trabalho.

 Conclusiva: Educar teologicamente deve estar a altura desta proposta - manejar bem. Porém, o manejar bem para ser efetivo em quem aprende, carece de um conjugado que deve impreterivelmente estar presente no ambiente do saber - quem ensina deve saber o ensinar vivendo a teologia e quem aprende deve vivenciar a teologia para no futuro saber ensinar.

 ERSilva