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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

MUDANÇAS, MUTAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES: o cristão na pós modernidade

Este é um novo tempo. Tempo de muitas mudanças no ser humano e fora dele, na sociedade mais especificamente. O avanço da ciência tem sido o grande marco representativo no desenvolvimento de uma sociedade cognominada de pós-moderna e isto trouxe significativos benefícios para os diversificados setores do mover humano.

O mundo macro, repentinamente, passou a se comportar como um mundo micro (tudo muito próximo), do encurtamento das distâncias, da rapidez da comunicação, da aproximidade do sócio-cultural entre os povos e da unificação política dos interesses em comum entre as nações. Do outro lado, o mundo micro fez ressurgir um mundo macro (tudo muito amplo) desconhecido na vastidão inexplorada. A nanotecnologia (bilionéssima parte do metro) trouxe uma nova realidade deste mundo que ainda deverá caminhar até a "fronteira final" da atomicidade. Realmente, estes teem sido tempos de mudanças, que analisadas com bons olhos teem proporcionado ao ser humano alcançar um patamar de grandes avanços e conquistas.

Sem dúvidas, também tem sido tempo de mundanças muito acentuada no ser humano. O momento histórico do pós-modernismo é um tempo de liquidez acentuada nas questões éticas, morais e espirituais. Elas não são mais as bandeiras que tremulam nos mastros da boa conduta da sociedade em vigor. A sociedade também mudou. Avalanches de escândalos na política, sodomia ganhando espaço nas ideologias do sócio-religioso e multiplicidade do culto ao divino estampam única e exclusiva satisfação centrada no homem. O ser humano mudou. Mudou para pior, mudou para se submeter as circunstâncias do ceticismo, amoralismo e pluralismo.

Torna-se compreensível quando a sociedade pós-moderna opta por não ter Deus como o arquétipo de sua consciência e coração. O resultado é desastroso e fatalmente mortífero: convive-se com o pecado e toma a posição de anti-Deus. A imagem do homem cada vez se mostra decadente em oposição à imagem de Deus. Paulo à sociedade de Corinto e muito contemporâneo a nós em suas palavras, foi bem esclarecedor "o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...". (II Co. 4:4).

Porém o que pensar do cristão? Cristão é aquele que se identifica com Cristo. Isto para uma definição simplista. Teologicamente cristão é aquele que "morreu para si" e nele se instalou o domínio do Senhor Jesus, vociferou o apóstolo aos gálatas "... não mais sou eu quem vivo, mais Cristo vive em mim..." (Gal. 2:20). A Igreja é uma comunidade de cristãos salvos e santos, pois é assim que se é referida a ela - "lavada e remida mo sangue do Cordeiro" o que nos conduz a uma hermenêutica não conciliatória com "mais ou menos" salvos ou santos.

O fator preocupante, nestes tempos, é que o evangelho de poder (mola mestra), apresentado segundo Paulo à Igreja em Roma (Rm 1:16) perdeu, para "cristãos" pós-modernos, a eficácia de poder (perdoar pecado) para ser convivente com o encobertamento deste (abençoar o pecado). "Cristãos" desta geração teem se inclinado à teologia da pluralidade de vida. Integrados à Igreja, se afeiçoam ao pecado (promiscuidade e adultério), são insensíveis (legalistas e sem compaixão) e caçadores de interesses próprios (status quo e ganância material). Na expressão de Isaltino Gomes, "...já não mantém convicções, mas conveniências" {1}

O Evangelho distorceu-se na vida de uma geração gerando mutantes. Continuam produzindo as mesmas mazelas do velho homem e a eficácia da transformação (Rm 12:2) é anulada na continuidade das velhas práticas e na não manifestação de uma novidade de vida. As palavras paulinas pode ser distorcidas aqui: "as coisas velhas continuam e nada se fez novo". As Escrituras torna-se um álibe para dar continuidade a uma cosmovisão subjugado aos padrões do mundo e a obtenção da aprovação divina de seus pecados inconversos (mutação).

Sendo assim, a aceitabilidade dos modelos do modus vivendi, a convivência com a religião do antropocentrismo, a adequação â vida de volatilidade momentânea (poder, fama e prazeres), continuidade na cosmovisão anti evangelho e a relutância à vida no Espírito Santo (submissão e direção); conduz-se nas vertentes da rejeição à transformação de vida, claramente exposto em Romanos 12:1-2

Lutemos por uma Igreja de cristãos sólidos na Palavra de Deus, que apesar dos avanços na ciência e mudanças na sociedade, seus princípios de transformação em Cristo sejam inedeléveis. Busquemos com mais avidez a teologia correta de santidade, para que se ganhe compreensão correta que santidade não é um status denominacional, mas uma necessidade de vida transformada e vivida na terra e uma obrigatoriedade de vida santa para a eternidade, no céu.

[1] REGA, Lourenço Stelio. Paulo e sua teologia, p. 21