Texto: Mateus 27: 45-56
Introdução: Pouco se tem escrito, ensinado e pregado sobre a cruz. Um dos melhores livros que li sobre a cruz foi o de John Stott entitulado "Cruz de Cristo", que trouxe na citação de Stephen Neil , "... a morte de Cristo é o ponto central da história, para aí todas as estradas do passado convergem, e daí saem todas as estradas do futuro", a centralidade da história e da teologia.
Introdução: Pouco se tem escrito, ensinado e pregado sobre a cruz. Um dos melhores livros que li sobre a cruz foi o de John Stott entitulado "Cruz de Cristo", que trouxe na citação de Stephen Neil , "... a morte de Cristo é o ponto central da história, para aí todas as estradas do passado convergem, e daí saem todas as estradas do futuro", a centralidade da história e da teologia.
Também cruz não tem sido alvo de ensinamentos. A teologia da facilidade e do gloumor pecorre os corredores das igrejas. A via sacra da atualidade é facilitada pelo alívio de não possuir a cruz no seu trajeto. Também, pouco se tem ouvido a mensagem da cruz, pois cruz indica morte do velho homem. Ir para cruz é algo que a geração da atualidade desconhece, pois desconhece a capacidade de mortificar a si mesmo.
De um outro lado, as ênfases trazidas, na atualidade, pelos filmes sobre Jesus deixam escapar muitas das realidades sobre o verdadeiro fato da cruz. O filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson retrata o sofrimento exacerbado de Cristo e revela mais a crueldade dos algozes do que o Deus-homem se entregando por sua própria vontade para demonstrar que a cruz marcava a história do reencontro de Deus com o homem.
Não estou dizendo que o filme não tenha sua utilidade evangelística, porém não sacia as verdadeiras necessidades do homem no que foi proferida na cruz. A cruz foi mais do que um lugar de sofrimento, ela foi a providência divina para restaurar o coração da humanidade, por meio do perdão e justificação.
Ligação: Assim, na cruz podemos retratar 3 situações que Jesus deixa patente para que a cada dia o homem se lembre.
TROUXE ACESSO A DEUS –v-51
Ao olharmos para o VT, uma das situações que encontramos nos rituais da Velha Aliança era que o povo ficava à margem.
Somente um homem (Sumo -sacerdote) fazia o sacrifício e expiação nos santos dos santos. Não existia nenhuma possibilidade do contato pessoal do povo com Deus. O processo era terceriarizado.
. Hb. 10:20 "para entrar...pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu" Rasgar traz o sentido de dividir em duas facções, ou seja, os que tomam caminho a Deus e os que não tomam este caminho
Desta forma, o sacrifício de cruz trouxe de volta o nosso relacionamento com Deus. Podemos a qualquer hora, em qualquer lugar acessar a Deus.
TROUXE VIDA –v-52
Uma outra expressão que vemos o autor relatar é que os sepulcros foram abertos e muitos ressuscitaram.
Esta é a segunda evidência que a cruz deixa transparecer para nós em relação ao seu propósito. Ela trouxe vida.
Na realidade quando o cristão olha para a cruz, ele não vê um lugar de amargura, sofrimento e desprezo. Isto é a cena dos que vislumbraram somente a superficialidade da mensagem - a morte física na cruz.
Jesus é bem claro que a cruz é lugar de ressurreição. Todos que se deixam impregnar por ela na pessoa de Cristo re-floresce. Onde havia morte passa a existir vida. Onde havia pecado passar a existir pureza, onde havia inimizade passa a existir amizade. Onde havia perdição passa existir salvação.
É desta maneira que Jesus, através da cruz, faz com os sem vida, sem esperança, sem direção ressurjam para uma nova possibilidade de seus ideais. A cruz nunca poderá ser o lugar prioritário de dá a morte, mas o lugar divino de dar a vida.
TROUXE TEMOR –v-54b
A última situação que a cruz deixa transparecer é o senso de temor demonstrado pelo centurião.
Durante 3 anos, Jesus pregou e ensinou ao povo os mandamentos de Deus. Fez milagres em seu meio. Repeliu Satanás e seus anjos, enfim demonstrou claramente que Ele era o Filho de Deus ao efetivar o ato que coroa o seu propósito – sua morte.
Porém, sempre foi do homem resistir a Deus. O processo que se inicia no jardim do Édem já era uma forma de rejeição a Deus que tomou rumo em proporções desastradas.
Os próprios judeus que conheciam os mandamentos sobre o Messias, não o identificaram como o Filho de Deus. Mesmo depois que a Igreja é estabelecida em Atos, houve controvérsias quanto a esta questão.
Para o mundo não cristão (principalmente), Filho de Deus se tornou uma expressão corriqueira sem significados em sua etimologia e poder. É bom lembrar que a expressão do centurião revela uma preocupação: o temor por ser tarde de mais.
A rejeição da cruz revela que ainda hoje milhares não conseguem ver o que Cristo fez e só reconhecerá isto quando o retorno de Cristo se fizer real. Para os que se tornam somente observadores, será alvo de terror, pois o ajuste de conta será uma eternidade longe de Deus.
Conclusão: A cruz não deseja revelar o“top line” do sofrimento do Messias. Ao contrário, revela-se como o meo da graça de Deus para com o homem. Aceitá-la implica na retificação da sentença de morte, rejeitá-la indica a ratificação dela.