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sexta-feira, 15 de abril de 2022

A PASCOA: os valores significativos da mensagem lucana.

 


Não há novidade nesta geração quando vemos a aproximação da Páscoa. É mais uma etapa a ser cumprida no calendário da sociedade como as demais outras que seguem sua cronologia de feriado. É mais um momento de deliciar ao lazer e aos chocolates produzidos nas mais diversas maneiras e disponibilizados nos templos de consumo. Por um tempo, as pessoas esquecerão os horrores que o mundo atravessa e a consequente trajetória de colisão que o juízo de Deus cobrará pela apatia em relação as verdades nas metanarrativas bíblicas.

E totalmente imperdoável a perda do total significado deste evento eterno que trouxe libertação ao homem do agente corruptível da vida, da degeneração da alma e de toda a criação.

Páscoa representou um fato histórico ocorrido há sete mil anos atrás, mas que no tempo de Jesus, o evento O levou a crucificação e consequente ressurreição que produziu o antídoto ao problema do pecado no coração do homem e a humanidade precisa entender que somente nela se consegue passar pelo caos terreno e seguir adiante apta para o encontro com Cristo na glória eterna.

A incredulidade sempre foi uma companheira inseparável do homem na trajetória de vida. Ela adquiriu um corpo quando questionou Deus em suas determinações morais e sua legalidade como Deus Criador. (Gen 3). Milhares de anos se passaram debaixo do sol e ainda a incredulidade humana se faz presente ao ignorar o verdadeiro sentido pascal ocorrido na cruz. Se por um lado, a lembrança pascal para muitos se consome na simples abstinência alimentar de carne a igualando ao corpo sacrificial de Cristo no madeiro numa evidente religiosidade, por outro a satisfação palatal do prazer do corpo e o ápice da alienação do verdadeiro significado que a Pascoa traz aos mortais. Mas o que o autor de Lucas nos induz a pensar sobre a Páscoa?

A Páscoa nada mais e do que o retrato do sacrifício de Deus entre os olhares dos que creem e dos que não creem. Lc. 23: 39-40. Isto e fato! Assim tipificam os ladrões. Ela sempre terá em um lado os opositores, rejeitadores e escarnecedores e o mundo ainda depois de 2000 anos não conseguiu entender o supremo significado deste evento. O grande problema que a maioria das pessoas são meros expectadores e observadores das teofanias realizadas em benefícios ao próprio do homem. (Lc  23:35a). Páscoa ´e fé no Cristo da cruz.

A Páscoa não é evento pontual na história (Lc 23:33a) sempre terá um papel diacrônico mais excelente, pois a morte de cruz por Jesus foi para expiar o pecado de toda alma trazida a existência em todo espaço de tempo pós queda. Ela corrigiu a usurpação de poder no Jardim, eliminou a dívida não paga pela humanidade até o momento de “de tudo consumado”. O preço foi de sangue, mas sangue inocente, sem pecado, impossível para qualquer criatura humana ou espiritual dentro do mais profundo recantos celestes conceber o Soter na categoria de encarnação-expiação-glorificação para o restabelecimento a unidade de comunhão entre a criatura e o Criador. Páscoa não e só história, e Deus atuando dentro da história.

Páscoa é Deus salvando o homem. Deus não precisa ser salvo (Lc 23: 35b). A expiação na cruz não era uma morte qualquer. Não era morte corporal unicamente. Era o verbo-carne tomando os impactos do pecado de toda humanidade e se expondo ao distanciamento da santidade de Deus; quadro aterrador que chamou atenção de todos os seres espirituais (caídos e não caídos), ao se curvaram em reconhecimento a um Deus Criador que se entregou pelo ser de carne que Ele havia criado e que agora a morte teve seu domínio sucumbido em um Deus Salvador. Páscoa ´e levando a morte a se tornar mortal!

Páscoa um espetáculo.  (Lc. 23:48). Muitos a tem como uma tragédia. Para muitos judeus assim foi. Outros entenderam como justiça a um herege. Outros pensaram numa injustiça ao um justo. Poucos reconheceram Seu amor divino. Na realidade a Páscoa sempre será um espetáculo público no mundo. Ainda se ouvirá as mesmas vozes conceituais do evento sacrificial de Jesus nos dias hoje; um número ínfimo dará conta do que ela representa para o estado corruptível produtor de todo mal na sociedade dos viventes, por isso, poucos os que realmente conseguem vislumbrar o sentido principal do significado para sua própria vida. (Lc 23:41-2). O espetáculo pascal evidenciara cada vez menos arrependimento e reconhecimento do estado de absentismo das pessoas com Deus por ter uma fé cada vez mais inexistente e por deixar se ofuscar na total incapacidade de não credibilizar Deus pela sua ação de amor e por ver Ele próprio se colocar em morte pelo mortal, algo totalmente improvável ao um Deus de poder. Páscoa ´e oposição a lógica da humanidade!

Páscoa e contemplação. Lc. 23:49. O verbo se encontra em sua forma presente ativa e tem basicamente aqui, a ideia de ver espiritualmente. A Páscoa deve ser vista em seus aspectos espirituais. Não é um rito religioso, muito menos um contemplar passivo de significados emergentes atribuídos a Ela. Intrinsicamente possui um poder libertador das forças que arrastam o ser para um distanciamento de Deus e que o conduz a trevas eternas. Quando o autor expressa “Permaneceram a contemplar” Lc 23:49b indica a convicção das verdades que Jesus tinham ensinado àqueles que o conheciam e o seguiam. Páscoa traria a acessibilidade que Deus agora concedia ao homem ``a sua presença Lc 23:45. Páscoa ´e assentimento conceitual.

 

 Uma coisa sempre teremos na Páscoa, os que verão o evento como uma história de um homem comum na cruz, os piedosos que se inclinarão a um justo injustiçado pelos judeus, os religiosos que continuaram a consumir a religião da humana do desconhecimentos dos fatos narrativos, os acéfalos da fé na busca da autossatisfação  e do hedonismo e os que reconhecem a morte de cruz de Jesus circunscrita da principal missão cumprida pelo Filho de Deus, por entender o tamanho momento do que significou, não somente para Israel (cumprimento das profecias) como para o futuro da igreja (seus alicerces na obra expiatória) a oportunidade de salvação para toda a humanidade.

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