O filme de Mel Gibson "A Paixão de Cristo" representou muito bem na cena o
sofrimento físico que Jesus recebe dos soldados romanos ao ser chicoteado até um estado de desfalecimento. Porém, não há como
representar por filme nenhum, uma forma que comunique o sofrimento que Jesus sentiu em relação ao
pecado da humanidade.
O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios diz: “Antes de
tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos
pecados...” (I Co. 15:3). Ter sede demonstrava
como se encontrava Jesus na sua condição de relacionamento com o Pai e a função
do seu afastamento por causa do pecado da humanidade.
Ao fazer o contraste de Jesus na cruz e Jesus antes da cruz; o diálogo com a mulher samaritana, O mostra detentor da água que mata
a sede - Jo 4, supridor, para os que creem - ninguém terá sede - Jo 6:35, a origem da fonte da água viva. Jo 7:37. Mas na cruz, o meu e o seu pecado trouxeram a condição oposta,
a de esvaziamento de Jesus como disse Paulo aos Filipenses no capítulo 2.
A expressão "Tenho sede" leva a Jesus a um campo não de
necessidade pessoal, mas de necessidade pela humanidade em geral: Ele tem sede de
justiça e esta justiça só vem por meio da cruz que
agora consumou todas as coisas. (panta tetelestai)
A condição “ter sede” não era somente um lado da carência humana de Jesus, era estar convicto que a sede de reconciliação, a sede de perdão, a sede de paz, a sede de amor, a sede de graça, a sede de louvor, a sede de adoração e a sede de santidade. estaria garantida na última expressão humana - consumado, em reconhecimento que em sua morte era fato o cumprimento das Escrituras e que doravante a humanidade teria sua sede saciada no Cristo da cruz.