O Evangelho de Mateus é um dos evangelhos que elabora uma peculiaridade na didática teológica - o ensino só é ensino quando a vida exerce o que foi ensinado. Na escola do Mestre, os discípulos foram conduzidos para uma teologia de confronto com o ser. O ser (aprendiz) precisa não somente conhecer o que Deus fala, mas o que Sua fala é capaz de produzir nele.
Não sobressai em Mateus a teologia política, degustada hoje nas "mesas dos cleros" que se denominam líderes, estrategistas, gestores, executivos do Reino de Cristo e que pouco contribuem para a edificação da igreja, quando se desqualifica a condição de servo; também é disvencilhada da pluralidade teológica que assustadoramente se prolifera nutrindo o "mercado da fé" e que em nada contribue para a mudança de coração do homem, quando o cuidado espiritual é sacrificado em favor do material; muito menos se mostra tendenciosa a uma teologia de qualquer denominação que defende a sua doutrina, mas que não exerce a graça no sofrimento humano, a verdade na justiça e a santidade na ética, quando cavam um abismo entre o que se prega e o que se pratica na vida cristã. Elas, todas foram e continuaram sendo rejeitadas por Jesus.
Neste escrito, Mateus enfatizou o que o Jesus legou para todo o cristão ou qualquer mortal - a ênfase de uma teologia vivencial e que pleiteia nortear a qualidade de vida dos que enganjam em segui-Lo. A teologia de Mateus não é uma teologia de verbalização, comum nos evangélicos da atualidade, ao contrário segue em sentido oposto a isto; a teologia em Mateus rege a internalização do aprendido, de modo que nos tornemos o primeiro a exercê-la antes de verbalizá-la.
Portanto, Mateus nos notifica a teologia das qualificações e cuidados espirituais que todo cristão deve possuir no seu histórico de vida como matérias aprendidas e aprovadas. Não é lá muito relevante a graduação teológica; o tempo de ministério; tampouco construções erguidas; em nada o tempo dispensado nas pregações e ensino e, menos ainda o status conquistado. Simplesmente, tais marcos não são identificadores de aprovação das qualificações e cuidados espirituais descritas em Mateus. O texto deste evamgelho arremete a todos a executar a teologia do protagonista desta história - Jesus. Foi desta maneira que o escritor captou o ensino, a pregação e o viver do Mestre.
- Amor a todos -Mt 1:21
- Ministério reconhecido, porém rejeitado - Mt. 2:23
- Submisso - Mt 3:13-16
- Caráter inabalável - Mt 4:1-11
- Condutor da salvação - Mt 4:17
- Construtor de relacionamentos - Mt 5:17-26
- Fiel ao seu companheiro(a) - Mt 5:27-32
- Sábio no falar - Mt 5:37
- Longânimo - Mt 5:39-42
- Amor ao próximo - Mt 5:43-48
- Não a hipocrisia - Mt 6:1
- Dado a oração - Mt 6: 9-15
- Perdoador - Mt 6:14
- Sem ganância - Mt 6:19
- Dependente de Deus - Mt 6:25-34
- Não juiz - Mt 7:1
- Cauteloso com as heresias - Mt 7:15
- Não verbalizador, mas praticante - Mt 7:21-24
- Desprendido - Mt 8: 21-22
- Fé - Mt 8:26 e Mt 17:20
- Compaixão - Mt 9:12
- Capacitado nas coisas espirituais - Mt 10:1
- Não dado as coisas materiais - Mt 10: 9-10
- Cauteloso - Mt 10:17
- Humilde - Mt 10:24
- Cuidadoso com o coração - Mt 12:34
- Cuidadoso com a eternidade sem Deus - Mt 13: 45-50
- Cuidadoso com as palavras - Mt 15:18-20
- Cuidadoso com as necessidades pessoais - Mt15:33-35
- Renúncia - Mt 16:24
- Consciente do princípio do Serviço - Mt 20:25-24
- Autoridade - Mt 21:5; 12-15;19b; 24;31 e 43
- Pureza - Mt 22:12
- Verídico - Mt 22:16b
- Práxis de vida - Mt 23:3
- Perseverante - Mt 24:13
- Vigilante - Mt 24:36-44
- Prudente - Mt 25:1-13
- Bom mordomo - Mt 25:14-30
- Responsável nas ações - Mt25:31-46
- Desprendido - Mt 26:7
- Cuidadoso com a falsidade - Mt 26:20-25
- Sabedor do Fundamento da Salvação - Mt 26:28
- Comunhão com Deus - Mt 26:53
- Ausência de Dubicidade de vida - Mt 26: 69-75
- Altruísmo - Mt 27: 11-66
- Sabedor do Fundamento da Fé - Mt 28: 1-10; 16-20